segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
a raiz
Não é a primeira vez que eu tento fazer um blog. Na verdade, já fiz outras vezes. Alguns até que duraram algum tempo, alguns meses, mas nada além disto. Isto ocorre, provavelmente, porque tenho dificuldade de criar raízes e, pior, de criar rotinas, hábitos consecutivos. Poderia me vangloriar por considerar a mim mesmo como um experimentalista, alguém que só tem raízes no vento, um livre, um corajoso, qualquer outro adjetivo do tipo, sempre relacionado com audácia. De certo modo, isto está correto. É necessária muita coragem para permanecer, sendo este o desafio deste manual que pode ser de jardinagem, mecânica aplicada IV ou caligrafia: Ensinar passo-a-passo a criar raízes. Não raízes como as que estão presas ao vento numa aspiração libertadora, nem de uma planta de vaso ou árvore de quintal, mas raízes tais quais as dos dentes molares, raízes que preferimos muitas vezes nos fazem sofrer com os dentes cariados, por conta de um único motivo: Temer a dor. São essas raízes que interessarão aqui, as raízes de sangue, as íntimas, que ficam dentro da bocas, que ouvem nossas palavras, nossos sussuros; as raízes do homem.
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